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A procura desta substância deve-se à manifestação de alguns efeitos considerados "desejáveis" pelos consumidores. Entre eles encontra-se a estimulação intensa: sensação de alerta, euforia e intensificação de experiências sensoriais; empatia; sentimentos de proximidade, loquacidade e sociabilidade; distorções perceptivas (relatados apenas com doses mais elevadas).      

Contudo, existe sempre uma face oculta da moeda, verificando-se ma panóplia de efeitos indesejáveis, sendo os mais frequentemente relatados:

-  A nível gastrointestinal: xerostomia, vómitos e náuseas.

- A nível do sistema nervoso: tremores, dor de cabeça, midríase, rigidez muscular, convulsões, ansiedade, falta de concentração, agitação, confusão, fadiga mental.

- A nível cardiovascular: hipertensão, taquicardia, dor no peito, vasoconstrição periférica. [6, 9, 10, 11]

               

À semelhança de outras drogas, nomeadamente anfetaminas, uma porção da dopamina libertada na fenda sináptica sofre recaptação por parte dos terminais serotoninérgicos. Posteriormente, é metabolizada pela monoaminoxidase (MAO)-B. Esta metabolização leva à produção de peróxido de hidrogénio, originando neurotoxicidade. O mecanismo proposto para explicar a neurotoxicidade do ecstasy poderá, assim, ser extrapolado para a mefedrona.

Contudo, há estudos contraditórios relativamente aos danos neuronais no sistema da serotonina: há estudos que referem reduções significativas das terminações nervosas serotoninérgicas, enquanto que outros estudos afirmam que a mefedrona não causa dano nas respetivas terminações nervosas. Relativamente às terminações nervosas da dopamina, estudos recentes afirmam que a mefedrona não apresenta toxicidade. Salienta-se ainda que a mefedrona potencia a neurotoxicidade de outras drogas de abuso. [12]

 

 

 

Efeitos e Toxicidade

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